Comissão especial no Congresso dos EUA investigará ataque ao Capitólio

Comissão especial no Congresso dos EUA investigará ataque ao Capitólio

Simpatizantes de Trump invadem o Capitólio de Washington em 6 de janeiro de 2021 - AFP/Arquivos

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira (30) a criação de uma comissão especial sobre o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, após uma investigação independente ter sido bloqueada pelos republicanos.

“Está claro que 6 de janeiro não foi simplesmente um ataque contra um prédio”, que é a sede do Congresso em Washington, “mas um ataque à nossa democracia”, escreveu a presidente da Câmara Baixa, a democrata Nancy Pelosi.

A criação da comissão especial foi aprovada por 222 votos – 220 dos democratas e dois dos republicanos – contra 190 votos republicanos.

Ela será responsável por “investigar e relatar os fatos, circunstâncias e causas relacionadas ao atentado terrorista doméstico de 6 de janeiro de 2021”, afirma o texto.

No final de maio, os líderes republicanos se opuseram à criação de uma comissão independente, com cinco especialistas alheios ao Congresso selecionados pelos democratas e outros cinco pelos republicanos, o mesmo modelo usado após os ataques de 11 de setembro.

Eles alegaram que as investigações parlamentares em andamento e o trabalho policial eram suficientes.

Os democratas então optaram por esta comissão formada por congressistas que vai procurar centralizar as múltiplas investigações parlamentares em curso.

A comissão não tem data para emitir conclusões e será composta por 13 membros indicados pela liderança democrata, entre eles cinco “após consultas” com o chefe da minoria republicana.

Pelosi prometeu que esta comissão vai “descobrir a verdade” sobre o ataque perpetrado pelos partidários de Trump enquanto os legisladores se reuniam para certificar a vitória eleitoral de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

Desde janeiro, pelo menos 500 pessoas implicadas no ataque foram indiciadas no caso.

Acusado por democratas de “incitar a insurreição” em um processo de impeachment, Trump foi absolvido no Senado em fevereiro, liderado na época pelos republicanos.


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